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O termo "upcycling" surgiu no início dos anos 1990 como uma resposta à crescente preocupação com a sustentabilidade e a necessidade de repensar o desperdício na sociedade de consumo. Ele foi popularizado pelo empresário alemão Reiner Pilz, que contrastou o conceito com a reciclagem tradicional, que muitas vezes degrada a qualidade dos materiais. Pilz propôs que, em vez de simplesmente reciclar produtos antigos, deveríamos "melhorá-los" e aumentar seu valor, transformando-os em algo novo e útil. A ideia ganhou força nas décadas seguintes, à medida que mais pessoas e empresas adotaram práticas criativas de reaproveitamento de materiais, promovendo um consumo mais consciente e sustentável.


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O upcycling é uma prática que vem ganhando destaque no movimento pela sustentabilidade, representando uma abordagem criativa e consciente para o reaproveitamento de materiais. Diferente da reciclagem tradicional, onde os materiais são transformados em novas matérias-primas, o upcycling busca dar uma nova vida a produtos descartados, muitas vezes elevando seu valor estético ou funcional. Essa técnica não apenas reduz o volume de resíduos, mas também desafia a lógica do consumismo, incentivando a valorização do que já possuímos.


O conceito de upcycling pode ser aplicado a uma vasta gama de itens, desde roupas e móveis até materiais de construção e embalagens. Por exemplo, uma velha escada de madeira pode se transformar em uma prateleira charmosa, ou uma camiseta desgastada pode ser convertida em uma bolsa única e estilosa. Essa prática, além de ser ecologicamente benéfica, também promove a criatividade e a individualidade, permitindo que as pessoas criem objetos personalizados que refletem sua identidade e valores.


Adotar o upcycling em nosso cotidiano é uma maneira poderosa de contribuir para a preservação do meio ambiente. Ao enxergar potencial em materiais que normalmente seriam descartados, reduzimos a demanda por novos recursos e diminuímos a pressão sobre os ecossistemas naturais. Além disso, o upcycling reforça a importância da consciência ambiental, inspirando um estilo de vida mais sustentável e conectado com o planeta. Ao transformar resíduos em tesouros, estamos não apenas salvando o meio ambiente, mas também redefinindo o que significa viver de forma consciente e criativa.


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Texto: Rafael Moura. Doutorando do PPGCAF com ênfase em Conservação da Natureza.v



 
 
 

A redescoberta de uma nova espécie de serpente é sempre um marco importante para a ciência e a biodiversidade de um país.  A população historicamente chamada de Lachesis muta, na verdade pertence à duas espécies distintas. Recentemente, através de dados históricos, gênomicos e morfológicos foi identificada no Brasil a Lachesis rhombeata, uma espécie de surucucu que está despertando grande interesse entre herpetólogos e entusiastas da fauna.


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A Lachesis rhombeata é um membro do gênero Lachesis, que inclui as maiores serpentes venenosas das Américas. Esse grupo é conhecido por suas longas presas (dentição solenóglifa) e capacidade de injetar grandes quantidades de veneno, o que torna essas serpentes um dos predadores mais temidos das florestas tropicais. O nome "rhombeata" se refere ao padrão de losangos presentes em sua pele, um detalhe que ajuda na identificação da espécie.


Essa espécie é endêmica da na Mata Atlântica, uma das florestas mais ricas em biodiversidade do mundo, mas também uma das mais ameaçadas. A descoberta da Lachesis rhombeata reforça a importância de preservar esse ecossistema, que abriga uma enorme variedade de espécies ainda desconhecidas pela ciência.


Além de sua importância ecológica, a Lachesis rhombeata também é de grande interesse para a medicina. O veneno das serpentes do gênero Lachesis é estudado por suas propriedades farmacológicas, que podem ser úteis no desenvolvimento de novos medicamentos. Essas pesquisas podem levar a avanços significativos no tratamento de diversas condições médicas, desde distúrbios de coagulação até o desenvolvimento de novos analgésicos.


A descoberta da Lachesis rhombeata é um lembrete do quanto ainda temos a aprender sobre a biodiversidade brasileira e a importância de continuar investindo em pesquisa e conservação. Cada nova espécie descoberta é uma peça do complexo quebra-cabeça da vida na Terra, e protegê-las é essencial para manter o equilíbrio de nossos ecossistemas.Para os herpetólogos e conservacionistas, a descoberta desta nova espécie de surucucu é um motivo de celebração e um chamado para a ação. A preservação da Lachesis rhombeata e de seu habitat natural é crucial para garantir que as futuras gerações possam continuar a descobrir e se maravilhar com as incríveis formas de vida que habitam nosso planeta.


E a Lachesis muta, o que aconteceu com ela? Agora só é encontrada no bioma Amazônia. Na Mata atlântica encontramos a Lachesis rhombeata.


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Lembrando que temos um curso de Serpentes peçonhentas do Brasil: https://www.bioconservation.eco.br/serpentes-peconhentas-brasil


Texto: Rafael Moura. Doutorando do PPGCAF com ênfase em Conservação da Natureza.




 
 
 

Animais toxungenosos são aqueles que possuem a capacidade de liberar toxinas através da secreção de substâncias venenosas, sem a necessidade de injetá-las diretamente, como fazem os animais venenosos ou peçonhentos. Essas toxinas são geralmente excretadas através da pele, glândulas especializadas ou outros meios de dispersão, oferecendo proteção contra predadores e, em alguns casos, auxiliando na captura de presas. A distinção principal entre toxungenosos e peçonhentos reside na forma de liberação das toxinas: enquanto os peçonhentos utilizam estruturas como presas ou ferrões para injetar veneno, os toxungenosos dependem do contato ou da projeção das toxinas.


Um exemplo notável de animal toxungenoso é a cobra naja cuspideira (Hemachatus haemachatus). Ao contrário de outras cobras que injetam veneno através de uma mordida, a naja cuspideira é capaz de projetar seu veneno em direção aos olhos de um predador ou ameaça, visando causar dor intensa e potencial cegueira temporária. Este mecanismo defensivo altamente eficaz permite que a naja se defenda a uma distância segura, aumentando suas chances de escapar de situações perigosas.


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Outro exemplo impressionante é o besouro bombardeiro (família Carabidae). Este pequeno inseto possui glândulas que produzem uma mistura química explosiva. Quando ameaçado, o besouro mistura essas substâncias e as ejeta com força em direção ao agressor, criando uma explosão química que pode causar queimaduras e desorientação. Esta estratégia defensiva não apenas afasta predadores, mas também demonstra a complexidade das adaptações evolutivas que permitem a sobrevivência desses animais em ambientes hostis. Esses exemplos ilustram a diversidade de mecanismos de defesa que os animais toxungenosos desenvolveram para se proteger e prosperar em seus habitats naturais.


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Texto: Rafael Moura. Doutorando do PPGCAF com ênfase em Conservação da Natureza.


NELSEN, D. R. et al. Poisons, toxungens, and venoms: redefining and classifying toxic biological secretions and the organisms that employ them. Biological reviews of the Cambridge Philosophical Society, v. 89, n. 2, p. 450-465, 2014

 
 
 

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