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Apesar da aparência assustadora, as típulas (família Tipulidae), também conhecidas como moscas-grua ou mosquitos-gigantes, são completamente inofensivas aos seres humanos. Diferente dos pernilongos, elas não picam nem se alimentam de sangue, vivendo apenas para se reproduzir e completar seu ciclo de vida. No entanto, seu papel ecológico é essencial, especialmente no controle natural do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.


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O grande destaque está nas larvas das típulas, que vivem em ambientes úmidos e se alimentam de matéria orgânica e, principalmente, de larvas de outros insetos, incluindo o Aedes aegypti. Esse comportamento predador auxilia no equilíbrio ecológico, reduzindo naturalmente a população do mosquito transmissor de doenças. Infelizmente, muitas pessoas confundem a típula com um mosquito perigoso e acabam eliminando esse importante aliado no combate à dengue.


Para proteger a biodiversidade e fortalecer métodos naturais de controle biológico, é essencial conscientizar a população sobre a importância das típulas. Ao preservar esses insetos, reduzimos a necessidade de inseticidas químicos, promovendo um controle sustentável de mosquitos nocivos. Da próxima vez que encontrar uma típula, lembre-se: ela não representa perigo e pode ser uma grande aliada na luta contra a dengue!


Gostou dessa matéria? Sabia que esse inseto era nosso aliado? Compartilha essa notícia! Ela pode salvar vidas!


Biólogo e Doutorando Em Ciências Ambientais e Florestais (PPGCAF - UFRRJ) Rafael C. Moura.


A foto é licensiada por Creative Commons Attribution 3.0 Unported license.

Attribution: Michael Gäbler

 
 
 

O aumento das temperaturas durante as estações mais quentes do ano favorece o aparecimento de serpentes em áreas urbanas e rurais. Esse fenômeno ocorre porque as serpentes são animais ectotérmicos, ou seja, dependem da temperatura do ambiente para regular suas atividades metabólicas (quer saber mais sobre animais ectotérmicos e endotérmicos, procure aqui no nosso blog a matéria sobre esse assunto). Com o calor, elas se tornam mais ativas na busca por alimento e abrigo, aumentando o risco de encontros com humanos.


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Para garantir sua segurança e a conservação dessas espécies tão importantes para o equilíbrio ecológico, é essencial conhecer as serpentes que são peçonhentas e de interesse médico no Brasil. Entre elas, destacam-se:

  • Jararácas (gênero Bothrops): responsáveis pela maioria dos acidentes ofídicos no país.

  • Cascavéis (gênero Crotalus): conhecidas pelo chocalho na cauda.

  • Surucucus (gênero Lachesis): as maiores serpentes peçonhentas da América Latina.

  • Corais-verdadeiras (família Elapidae): reconhecidas pelas cores vibrantes e alternadas.


Identificar corretamente as serpentes peçonhentas pode salvar vidas. Essas espécies possuem veneno capaz de causar acidentes graves, e sua correta identificação é crucial para a aplicação do soro antiofídico apropriado.


Além disso, é fundamental lembrar que as serpentes desempenham um papel essencial no controle de populações de roedores e outras presas, contribuindo para a saúde dos ecossistemas. Por isso, em caso de encontro com uma serpente, não devemos matá-las de forma alguma (além de ser crime ambiental, elas possuem função ecológica!). O ideal é afastar-se lentamente e, se necessário, acionar profissionais capacitados para o manejo adequado.


Dicas de prevenção de acidentes com serpentes:


  1. Utilize botas e luvas ao caminhar em áreas de mata ou locais com vegetação densa.

  2. Mantenha quintais e terrenos limpos, evitando o acúmulo de entulhos.

  3. Ao acampar, feche bem as barracas e mantenha sacos de dormir afastados do chão.

  4. Esteja sempre atento ao caminhar por trilhas ou terrenos abertos (serpentes podem ser encontradas em trilhas sim!).


Investir em conhecimento é a melhor forma de proteger-se e proteger a fauna silvestre. Na Bioconservation, oferecemos cursos e treinamentos voltados ao manejo de fauna e à identificação de serpentes (Clique aqui e inscreva-se na próxima turma), incluindo aquelas de interesse médico. Não perca a oportunidade de aprender mais sobre essas fascinantes criaturas e contribuir para a conservação da biodiversidade.

Fique atento, proteja-se e valorize a natureza! Explore mais conteúdos e cursos em nosso blog.


Texto: Doutorando Rafael C. Moura

 
 
 

Por muitos anos, animais foram classificados de forma simplista como “de sangue frio” e “de sangue quente”. Apesar de populares, esses termos eram imprecisos e não explicavam como os animais regulam suas temperaturas corporais. Hoje, usamos os termos ectotérmicos e endotérmicos, que descrevem melhor os processos biológicos envolvidos na termorregulação.


Os antigos termos criavam equívocos. “Sangue frio” sugeria que a temperatura corporal desses animais era sempre baixa, o que não é verdade. Répteis, por exemplo, podem atingir altas temperaturas ao se aquecerem ao sol. Já “sangue quente” fazia parecer que endotérmicos têm sempre temperaturas elevadas, ignorando variações internas.


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Os termos atuais são mais precisos:

Ectotérmicos - Dependem de fontes externas de calor, como o sol, para regular sua

temperatura corporal.

Endotérmicos - Produzem calor internamente, através do metabolismo, mantendo a

temperatura corporal constante, independentemente do ambiente.


Os animais ectotérmicos incluem répteis, anfíbios, peixes e a maioria dos invertebrados. Por não gerarem calor suficiente internamente, dependem de comportamentos específicos para regular sua temperatura, como se expor ao sol ou buscar sombra.


Possuem como características principais:

Baixo gasto energético - Como não precisam manter a temperatura corporal constante, consomem menos energia, podendo sobreviver com menos alimento.

Dependência ambiental - Sua atividade está diretamente ligada à temperatura do ambiente.


Em climas frios, podem se tornar letárgicos, reduzindo movimentos e alimentação. Um belo exemplo dessa classe de animais são os crocodilos, que utilizam técnicas de regulação térmica como manter a boca aberta para liberar calor ou alternar entre água e terra para ajustar a temperatura.


Já os animais endotérmicos, têm os mamíferos e aves como seus principais representantes. Eles mantêm uma temperatura corporal constante ao gerar calor por meio da quebra de moléculas energéticas (como carboidratos e gorduras) e da atividade muscular.


Possuem como características principais:

Alta demanda energética - A manutenção da temperatura constante exige grande consumo de alimentos.

Independência do ambiente - Podem se manter ativos em climas extremos, como desertos quentes ou regiões polares.

Adaptações térmicas - Contam com isolamento térmico, como pelos, penas ou camadas de gordura, para reduzir a perda de calor.


Como exemplo dessa classe temos os pinguins, que são capazes de sobreviver em ambientes extremamente frios, graças a penas impermeáveis e uma espessa camada de gordura que retém calor, mesmo em águas congelantes.


Embora a divisão entre ectotérmicos e endotérmicos seja útil, algumas espécies desafiam essas categorias:

Heterotermia regional - Peixes como o atum e o tubarão-branco podem aquecer músculos específicos, aumentando sua eficiência em águas frias.

Torpor em endotérmicos - Morcegos e beija-flores, por exemplo, reduzem seu metabolismo em momentos de escassez de energia, adotando um estado semelhante ao de ectotérmicos.


A mudança de “sangue frio” e “sangue quente” para ectotérmico e endotérmico reflete uma compreensão mais precisa das estratégias térmicas dos animais. Cada grupo possui adaptações incríveis que garantem sua sobrevivência em uma ampla variedade de habitats. Ao entender essas diferenças, podemos apreciar a complexidade da natureza e como os organismos se ajustam aos desafios do ambiente. Seja buscando calor ao sol ou mantendo a constância interna, ambos os grupos mostram como a vida é incrivelmente adaptável e resiliente.


Assista os vídeos a seguir para entender o que acabamos de dizer:





Gostaram do nosso tema de hoje? Curtam e comentem a sua opinião sobre esse artigo. Deixem nos comentários um tema que vocês gostariam de ver aqui no nosso blog da Bioconservation!


Referências:

Rezende, E.L. and Bacigalupe, L.D., 2015. Thermoregulation in endotherms: physiological principles and ecological consequences. Journal of Comparative Physiology B, 185(7), pp.709-727.


Kearney, M., Shine, R. and Porter, W.P., 2009. The potential for behavioral thermoregulation to buffer “cold-blooded” animals against climate warming. Proceedings of the National Academy of Sciences, 106(10), pp.3835-3840.


Texto: Douglas Siqueira. Equipe Bioconservation.

 
 
 

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